Comunidade protesta contra instalação de aterro sanitário em município do RJ
Da Agência Brasil
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O fechamento do aterro sanitário de Gramacho, na região metropolitana do Rio, deverá melhorar a qualidade do ar de quem mora no bairro, em Duque de Caxias, e sofre com o permanente mau cheiro e a poeira levantada pelas centenas de caminhões que transitam 24 horas por dia no local.
Mas a transferência já está tirando o sono dos cerca de 10 mil moradores da Agrovila de Chaperó, uma comunidade bucólica no município de Seropédica, a cerca de 100 quilômetros da capital.
Cercada de verde, com antigas fazendas, nascentes d´água e próxima a uma serra coberta por mata nativa, Chaperó terá seu sossego modificado dentro de mais alguns meses, quando começará a funcionar ali o centro de tratamento de resíduos que substituirá Gramacho, recebendo lixo de toda a região metropolitana do Rio.
Os moradores reclamam que a instalação do aterro foi imposta e eles não foram consultados. Para o presidente da associação de moradores de Chaperó, Everaldo Eufrásio, o quadro que se aproxima é perturbador.
Ele já organizou um abaixo-assinado contra a instalação do aterro e promete um grande protesto para os próximos dias, reunindo a comunidade contra a obra.
“A associação fez uma pesquisa de opinião e mais de 98% dos entrevistados foram contra o lixão. Estamos colhendo assinaturas dos moradores para embargar o lixão nessa região. Aqui tem um aquífero [Piranema] e tememos pela contaminação da comunidade com doenças contagiosas”, apontou Eufrásio.
Redator: Vanessa Teodoro